Por que é que as Mutações Aleatórias constituem um problema para a evolução?

Dr.Kevin Anderson, PhD, Microbiologista, Entrevistado por Del Tackett, DM
Canal: “ Is Genesis History?” Estreou em 21/06/2020

Del:
Parece que o que você está descrevendo aqui é que uma grande parte da comunidade científica está desesperadamente tentando preservar a “idade”, o “tempo”. Entretanto, aqui temos a evidência, pelo menos para mim que não sou microbiologista , de que isso não é tão velho. Mas parece que há uma necessidade muito grande de se apegar à noção de “muito tempo”. Por que isso acontece?

Kevin:
Tempo é o componente crítico da Evolução. Se você disser que um sistema celular simples se tornou um sistema multicelular que então se tornou peixe e o peixe então pulou para a terra e desenvolveu pernas e começou a respirar ar e então essa criatura desenvolveu penas e asas e começou a voar, se você nos der tempo, nós daremos conta de todas essas mudanças massivas necessárias à transformação dos organismos. Mas temos que ter tempo.

Del:
Você está dizendo que se nós esticarmos a noção de um longo período de tempo você estará esticando o principal fundamento do paradigma convencional.

Kevin:
Exatamente. A Evolução, especialmente o Neo-Darwinismo, requer muito tempo. Este é o ponto fundamental deles. Se você estica esse tempo você tem outro entendimento de tudo. Porque se você não esticar o tempo, você não tem nada.

Del:
E por que a Evolução requer muito tempo? Isso nos traz o problema das mutações?

Kevin:
O alegado mecanismo que dirige a Evolução é Mutação, onde definimos mutação como uma mudança na sequência de nucleotídeos do DNA. E a Seleção Natural olha e vê qual efeito aquela mutação teve, e se ela gosta ela diz: isto está dando uma grande força `a Seleção Natural (que ela não tem) e o organismo sobrevive. Se ela não gosta o organismo morre. E aí você vai para o próximo passo. E você fica repetindo esses passos de novo e de novo. A ideia é que, de alguma forma , nesse processo, o peixe que só respira através da água, que não tem pernas, cuja visão está baseada em ver através da água, não ver através do ar, de alguma forma pula pra terra, e através desses processos muito lentos transforma uma anatomia e fisiologia inteiras onde se pode respirar ar, caminhar na terra e ver no ar. Eles vêem dessa forma: Nos dê tempo suficiente e daremos conta de tudo isso. Na verdade isso não acontece, mas o tempo se transforma numa coisa que torna tudo possível.

Del:
Sua mente fica confusa quando você ouve isso.

Kevin:
Sim. E eles se escondem atrás dessa confusão. Um tempo enorme se torna uma varinha de condão mágica. Poof! E tudo aparece. Esqueça a ideia de que não existe mecanismo biológico que produza isso. Dê tempo e…poof! acontece.

Del:
Mas nós escutamos com muita frequência que mutações realmente acontecem muito rapidamente., como as mutações em bactérias e coisas desse tipo. Essas é sua especialidade, não?

Kevin:
Sim, essa é minha especialidade. O primeiro ponto que eu preciso esclarecer é: Darwin escreveu suas idéias originais em uma época em que se sabia muito pouco a respeito da célula, e ainda menos a respeito de genética. Gregor Mendell, que é considerado o pai da genética, que fez estudos com as ervilhas, ele e Darwin eram pares. E até mesmo foi achado na biblioteca de Darwin uma cópia fechada de um papel de Mendell. Mas não se sabe nem se Darwin abriu esse papel. A questão não é diminuir o trabalho de Darwin. A questão é que naquela época simplesmente ninguém entendia o trabalho de Mendell. Então Darwin propôs essas idéias e ele se tornou muito popular numa época em que genética e mesmo bioquímica celular não eram bem entendidas. Ou seja, havia um vácuo e falta de conhecimento onde eles poderiam mergulhar e fingir que fazia sentido, porque, talvez sim, talvez não, nós simplesmente não sabíamos. Você não poderia, e esse é um desafio que eu faço repetidas vezes, você não poderia propor o darwinismo hoje e ele ser aceito, porque hoje teríamos mais conhecimento. Mas como ele já é aceito, ele tem que funcionar de alguma maneira. Mas você vindo para hoje, com tudo o que sabemos sobre bioquímica e genética das células, se você tentasse propor idéias completamente novas , o neo-darwinismo daria risada delas, porque é o paradigma aceito.

Del:
Então, olhamos para coisas como esta e tentamos manter o paradigma, em vez de olharmos através de uma perspectiva honesta e dizer: talvez isto esteja nos dizendo algo que vai mudar completamente o paradigma.

Kevin:
Exatamente. Exemplos de paradigmas dirigindo as conclusões. Muitos anos atrás eu ouvi um ganhador de prêmio Nobel dando uma palestra. E nesta palestra ele descreve sistemas celulares como Rube Goldbergs (Uma máquina de Rube Goldberg é uma máquina que executa uma tarefa simples de uma maneira extremamente complicada, geralmente utilizando uma reação em cadeia … Wikipédia, a enciclopédia livre) Veja bem, um ganhador de prêmio Nobel diz que a Evolução amontoa coisas seja lá como for , assim o sistema celular completo se amontoa e se junta, e por isso ele o chamou de Rub Goldberg, e .mesmo naquele época eu achei que isso era uma coisa muito, muito boba, principalmente por causa da falta de conhecimento. Mas mesmo só com o que nós já sabíamos, isso já me faz sentir desafiado a dizer a ele que o sistema celular não é um Rube Goldberg. É um imensamente sofisticado sistema que nós ainda não entendemos. Ele ainda está além da nossa compreensão, e o DNA é um exemplo clássico: O Projeto Genoma Humano. O irônico é que, em vez de o Projeto Genoma Humano destruir os fundamentos do criacionismo bíblico, ele tem sido um dos maiores “booms”, uma das maiores coisas que já aconteceram para o criacionismo, porque, entre outras coisas, ele mostra que em cada célula do seu corpo que tem cromossomos, há um sistema funcionando lá que nós não temos ainda o menor conhecimento de como ele se dá. Deixe-me dar uma ilustração: Suponha que você pegue o livro Guerra e Paz, duas mil páginas. Digamos que você seja capaz de escrevê-lo em 20 páginas. Agora isso não são 20 páginas de uma impressão pequena. São 20 páginas normais escritas, certo? Mas a maneira como você lê esse livro é da esquerda para a direita, de cima para baixo, então você o vira de cabeça para baixo e o lê da esquerda para a direita de cima para baixo, e você dobra uma página em outra página, e dobra outra página em outra página e continua dobrando, veja só, e ele se torna tridimensional, na verdade quadrimensional porque tempo está envolvido. Cada vez que você dobra uma página houve uma mudança na informação do livro, e no livro está o romance inteiro, não é como se você começasse com cada dobra para começar uma história diferente. É a continuação do romance. Esta é uma analogia do genoma humano. Então a pergunta é: Você saberia ler este livro? Eu não conseguiria ler este livro. Nós não temos sequer uma pista de como escrever este livro. Claro que não! Porém este livro foi escrito. É chamado de o Genoma Humano. Assim, em termos racionais, você não pode dizer que um processo que depende de mutações ( aleatórias) e seleção natural poderia ter escrito esse livro. Nem mesmo comece a fingir que eu vou comprar essa ideia. Isso não faz o menor sentido. A Evolução não pode explicar isso. Hoje, o genoma humano foi tão além da Evolução que eles estão tropeçando no escuro. Aí as pessoas vão começar a me perguntar e isso, e aquilo, e eu vou dizer; vocês não sabem do que estão falando. Vocês não entendem o que são mutações. Eu passei 20 anos estudando mutações. Eu estava conversando com alguns senhores outro dia e eu disse: bem, mutações benéficas, você sabe, nós definimos uma mutação benéfica como uma mutação que proporciona um benefício ao organismo, em outras palavras, agora sou resistente ao anticorpo se um anticorpo estiver por aí, certo? Como humano, eu gosto de beber leite. Eu tenho uma mutação que me permite beber leite. Isto é uma mutação, certo? Pra mim é benéfico, mas ainda é uma mutação. Assim, se você olhar só para as mutações benéficas, para as quais os evolucionistas adoram olhar, e dizem, benéficas, benéficas, mas, veja, isso é realmente irrelevante. O que está acontecendo no nível genético? Aí está a chave. O ponto não é se é ou não benéfica. É o que está acontecendo geneticamente. E o que nós vemos, por exemplo com a resistência a antibióticos? A resistência a antibióticos vem de uma de duas maneiras. Você tem um vetor que entra no organismo, que está trazendo algum tipo de gene que o faz resistente, certo? Bem, o vetor já existe. Você não está introduzindo nada novo na biologia. Isso não explica a origem de nada. Apenas explica como as coisas se movem, certo? O ponto chave são as mutações. Por isso que Evolução é mutação e seleção natural. Porque se você mudar a sequência, isso tem o potencial para dar um componente totalmente novo, uma atividade genética completamente nova. Mas quando olhamos as mutações que causam resistência a antibióticos em bactérias, vemos que elas são, na verdade, mutações que eliminam o transporte de proteínas, eliminam atividades enzimáticas, eliminam a funcionalidade de certas proteínas, eliminam, eliminam, reduzem, cortam, você vê? Há uma tendência aqui? Muito bem: com relação à utilização de lactose por humanos: A razão pela qual bebo leite é porque o sistema regulatório normal que fecha o gene que faz a enzima para que você possa digerir lactose, quando você entra na puberdade, aquele gene fica fechado. Se você tiver a mutação que bloqueia esse fechamento. O que você fez? Você eliminou um sistema pré-existente. Há pessoas que são realmente resistentes ao HIV. Sabe como elas se tornam resistentes ao HIV? Elas não tem a proteína chave onde o vírus se liga. E como vírus não pode se ligar, ele não pode infectar. Então, se você fosse exposto ao HIV isso seria uma mutação muito benéfica, não? Mas o que causa isso? O que causa isso é a perda de uma proteína pré-existente. Então tudo o que vemos é de novo e de novo , repetidamente, o que a comunidade evolucionista faz, que é oferecer exemplo atrás de exemplo do que eles alegam ser “como a evolução funciona”. Não, não é, porque o que você está fazendo é desativar ou reduzir sistemas pré-existentes. Pra começar, você não está explicando como os sistema evoluíram. Uma analogia é como se você tiver uma casa, e na sua casa você tem a sala de jantar, uma parede e uma sala de recreação, e sua esposa quer uma sala maior para suas festas. Temos uma escolha: posso manter a sala de recreação, ou derrubar a parede e ter uma sala de jantar maior. Bem, todo mundo sabe, esposa feliz, lar feliz. Então você derruba a parede interior e aí você tem uma sala maior e isso é benéfico porque ela está feliz. Mas não diga a um construtor que você construiu a casa derrubando uma parede. Mas isso é o que os evolucionistas fazem repetidamente. Eles dão uma ilustração de uma parede derrubada, e é assim que a casa foi construída.

Del:
Kevin, muito da sua pesquisa foi feita na área do estudo das bactérias.

Kevin:
Certo, certo. Especialmente mutações em bactérias

Del:
E eu quero que a gente examine isso por um momento porque eu sei, e eu tenho ouvido, e muitas pessoas tem ouvido frequentemente, a noção de que as bactérias sofrem mutações e, portanto, sobrevivem, sendo isso uma peça chave de evidência de que a evolução de homens e animais deve ser verdade, porque vemos isso nas bactérias. Isto é um jeito apropriado de comparar as coisas?

Kevin:
Isso também é chamado de Evolução na placa de Petri.

Del:
Sim

Kevin:
Eles gostam de usar bactérias primeiramente porque bactérias tem gerações de períodos muito curtos. Você pode ter várias gerações num dia e, por exemplo, se você estudar as moscas de fruta, leva mais de um dia para uma geração. Assim bactérias se tornam muito boas como um sistema quando você quer estudar muitas gerações. E bactérias sofrem mutações muito rapidamente, e isso é muito bom também. Felizmente humanos não sofrem mutações na medida de mudar constantemente de características físicas, assim é um pouco difícil estudar humanos quando você está querendo estudar os efeitos de mutações . Bactérias sofrem mutações prontamente. Assim, muitas se tornam um ótimo modelo para estudar este tipo de problema, para estudar o que as mutações fazem, o que causa as mutações, o que acontece com os mutantes depois que se formam. Agora o problema é que humanos não são bactérias. Bactérias conseguem fazer uma mutação dramática e depois voltar e corrigi-la. Deixe-me dar um exemplo: Para se tornar resistente a certos tipos de antibióticos algumas bactérias vão eliminar uma enzima, ou uma proteína de transporte. Vão simplesmente se livrar delas. Mas se um humano se livrar de uma enzima ou proteína provavelmente morrerá. Se não morrer, certamente não ficará muito saudável. A bactéria pode experimentar uma perda de saúde, se pudermos falar assim, mas ela sobrevive ao antibiótico. E uma vez que o antibiótico se vai ela começa a fazer isso de novo e se regenera. Humanos não fazem isso com tanta facilidade. Não conseguem abrir e fechar coisas como isso. E especialmente porque a geração humana é de aproximadamente 20 anos, não 20 minutos, as bactérias se reproduzem muito rapidamente, e elas pagam o que é chamado “custo da seleção”. Se eu expusesse um grande container de bactérias a uma condição ambiental extremamente traumática, como por exemplo mata-las de fome por um aminoácido eu mataria 99,9999% daquela população de bactérias. Mas no outro dia, aquelas poucas sobreviventes com a mutação que permitiu a elas compensarem aquele aminoácido específico, elas crescem de novo e toda a população é restaurada. Simplesmente assim. Enquanto que com humanos, se você varrer 99,9999% de uma população, primeiramente isto é uma extinção em potencial, mas em segundo lugar, mesmo se houvesse sobreviventes, quantos séculos ou milênios levaria para haver uma recuperação? Veja, assim as bactérias podem pagar este custo extremamente alto da seleção, onde você elimina quase todas elas, só umas poucas sobrevivem, e a população volta muito rapidamente e…voilá! Evolução aconteceu! Isso é o que dizem para nós. E você não pode fazer isso realmente em humanos, cachorros, vacas, etc, porque esses não respondem bem. Assim o que funciona para bactérias não funciona realmente para animais. Mas como as bactérias são tão fáceis de estudar eles gostam de extrapolar dizendo: veja como isso também funcionaria em animais. Mas não é bem assim. Então, a comparação entre nós e as bactérias vai só até aí e depois começa a cair.( E … as bactérias começam como bactérias e terminam como bactérias)

Del:
Como você definiria ciência?

Kevin:
Eu defino ciência simplesmente como uma ferramenta que usamos para entender o mundo a nossa volta. Simplesmente uma ferramenta mas, claro, seguindo uma metodologia. Mas, ciência em si é só uma abordagem para entender qual é a causa do trovão, o que causa os terremotos, Por que as pessoas ficam doentes. Nunca antes se deu o caso de se colocar ciência de um lado e criação de outro. Ciência deste lado, Bíblia do outro lado. Veja, tantas vezes isso é colocado como paradigma e isso nunca foi verdade. Isso sempre foi a opinião de algumas pessoas versus a Bíblia, a opinião de algumas pessoas versus a criação. Porque a ciência não tem opinião. Ciência é uma ferramenta que é usada para entender a criação de Deus. É tudo o que ela é. Uma ferramenta para entendermos tudo o que há em volta de nós. Espera-se que a ciência nos dê um melhor entendimento das coisas. A ideia de que a ciência tem que oferecer apenas uma explicação natural e não pode de jeito nenhum considerar Deus é absurda. Esta é uma definição pensada com o propósito de eliminar Deus. E eu desafio as pessoas que se consideram cristãos e evolucionistas, às vezes chamados de evolucionistas teístas. Eu os desafio a considerar a Evolução com uma idéia científica oficial, que é o que está na literatura e nos livros didáticos, o que se conversa nos encontros científicos. Deus é minimamente considerado nesses meios? Claro que não. A Evolução é vista como a expulsão de Deus. Assim, como cristão, por que eu me sentiria atraído por alguma coisa que se orgulha de ter expulsado Deus? E evolução teísta não é considerada científica nos círculos científicos tanto quanto o criacionismo também não é, porque envolve Deus. A Evolução declara que não precisa de Deus. Bem, Deus certamente não precisa da Evolução. Então por que alguém tentaria juntar as duas? Eu não sei o porquê.

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